Empreendedor fatura com fast food de waffle e inicia expansão por franquias

Empreendedor fatura com fast food de waffle e inicia expansão por franquias

Faz quase seis meses que o empreendedor Anderson Suriz abriu a primeira unidade da marca The Waffle King, em Gramado, no Rio Grande do Sul, especializada em waffles com inspiração belga. Agora, ele já tem 25 contratos assinados para franquias, uma segunda loja aberta em Esteio, no mesmo estado, e inaugurará mais dez unidades nas próximas semanas. A projeção é faturar R$ 5 milhões até o final de 2020.

Apesar do pouco tempo de operação, a ideia para o negócio milionário surgiu há quase dois anos, quando Suriz viajou para a Europa com a família. Ele já era experiente no mercado de franquias, com marcas como Lugano e Prepara Cursos no currículo, e buscava justamente uma ideia de negócio próprio. Até que se deparou com uma fila em Barcelona, na Espanha. “Quem trabalha com varejo e vê uma fila, já quer saber do que se trata”, diz.

O empreendedor conta que enfrentou a espera e provou o melhor waffle que tinha comido na vida. Suriz chegou a visitar outros países na mesma viagem, mas não encontrou nada parecido. “Voltei para o Brasil e pensei que queria montar um negócio com waffle, diferente até do que era lá fora.” 

Ele investiu cerca de R$ 5 milhões em pesquisa e desenvolvimento para criar o negócio. Retornou para a Europa três vezes e foi para os Estados Unidos duas vezes, acompanhado de chefs, para estudar os mercados e receitas locais. “Contratei um escritório de Verona, na Itália, para desenvolver o projeto arquitetônico. Eu queria um modelo de negócio único e exclusivo, com visão mais global, que possa ser implantado em qualquer lugar do mundo.”

Além do ponto de venda, ele desenvolveu uma indústria para a fabricação centralizada dos insumos. A ideia era dar o menor trabalho possível para o franqueado. Antes da pandemia, Suriz já tinha definido que a primeira loja seria em Gramado, com o intuito de atrair os turistas e potenciais investidores que visitam a região durante o ano. Com a quarentena, o plano foi adiado, mas não cancelado. “O modelo de negócio é baseado nos fast foods americanos. Nos diferenciamos com embalagem, atendimento e produção, pois o cliente visualiza o preparo. Uma junção da qualidade da Europa com a praticidade dos EUA. Com isso, tivemos convicção que poderíamos abrir e seria um sucesso.”

De acordo com o empreendedor, o resultado nos três primeiros meses foi superior ao que havia sido projetado, mesmo sem turistas na cidade. O delivery correspondeu a 23% da receita e o negócio conseguiu uma alta taxa de recorrência entre os próprios moradores.

Os waffles são vendidos em três sabores: os doces, de Liège e de Bruxelas, inspirados em receitas tradicionais da Bélgica, e um salgado, com receita própria, para atrair o paladar brasileiro. Além do carro-chefe, a empresa também desenvolveu uma pizza própria para ajudar a marca a se posicionar no mercado nacional como um fast food, e ocupar espaços em praças de alimentação, por exemplo.

São três modelos de negócio – o que está em operação em Gramado é a loja completa, com atendimento no balcão e mesas, e demanda um investimento inicial a partir de R$ 500 mil. Existem também dois modelos mais baratos: um de dark kitchen, que exige aporte de R$ 75 mil, e outro exclusivo para To Go, que custa R$ 110 mil. Em todos, o valor inclui taxa de franquia, estoque inicial, capital de giro e instalação.

O objetivo é chegar a 100 franquias até o final de 2021, sendo 70% de lojas completas. “É um número totalmente plausível, se considerarmos a procura que temos tido. O modelo foi desenvolvido já pensando em logística e fornecedores, e isso nos permite uma expansão com segurança.”


Reprodução | Matéria veiculada no portal revistapegn.globo.com



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