Rede pioneira de waffle na América Latina tem sotaque gaúcho

Rede pioneira de waffle na América Latina tem sotaque gaúcho

 A primeira rede de fast food de waffle da América Latina tem sotaque gaúcho. À frente do empreendimento, está Anderson Suriz, 42 anos, um apaixonado pela massa de origem belga. A The Waffle King passou por um processo de construção com a realização de cinco viagens internacionais de Suriz para pesquisas de mercado, cursos e avaliações para a rede. Graduado em Administração de Empresas, MBA em Gestão Empresarial e Pós-MBA em Negociação pela Fundação Getúlio Vargas, o empresário foi executivo de Tecnologia no Banco Sicredi até 2009 e em 2010 migrou para o franchising, onde atua há mais de 11 anos.

 Foi franqueado e Master franqueado da rede de cursos profissionalizantes Prepara Cursos e sócio da franqueadora da chocolateira e cafeteria Lugano, de Gramado. Atualmente, dedica-se exclusivamente à The Waffle King. Mesmo quando está viajando a lazer, sempre busca visitar a gastronomia local e aprender com ela. Não abre mão do tempo com a esposa Priscila e os dois filhos, Enzo, com 12 anos, e o recém-chegado Miguel, com dois meses. Jogador iniciante de tênis, também é praticante de musculação e adepto de acordar cedo - geralmente por volta das 5h. Amante de churrasco, de boa comida e de um bom vinho, tem como principal hobbie viajar.

Empresas & Negócios - A ideia de investir em um restaurante especializado em waffles surgiu de uma viagem sua à Europa. Como isso aconteceu?

Anderson Suriz - Em 2018, durante uma viagem para a Europa, eu pude provar o Waffle de Liége e me encantei com a qualidade e o sabor dessa iguaria inventada no século XVIII, na Bélgica. Com visão de mercado e experiência no franchising há mais de 10 anos, enxerguei uma oportunidade de multiplicar no Brasil e exterior uma experiência única de qualidade e consumo com o verdadeiro waffle. E então, após dois anos, transformei essa ideia em realidade e criei um modelo de negócio inédito e exclusivo, e assim nasceu a The Waffle King, primeira rede de fast food de waffle da América Latina. Desde a inauguração da primeira loja, em junho de 2020, na cidade de Gramado (RS), a rede oferece aos clientes o casamento perfeito entre um ambiente acolhedor e um produto único, fabricado com equipamentos próprios e ingredientes cuidadosamente selecionados.

E&N - Waffle não é um alimento tradicional entre os gaúchos, Estado que recebeu a primeira loja (em Gramado). O que lhe fez investir em algo inusitado?

Suriz - Depois de viver a experiência de provar um waffle tradicional na Bélgica pela primeira vez, eu acreditei no modelo de negócio que eu tinha pensado. E acredito até hoje. O feedback que recebemos de pessoas que conhecem ou não o produto, é fantástico, e é o que faz eu e toda a minha equipe continuarmos proporcionando essa mesma experiência de marca e produto.

E&N - Quantas lojas próprias e funcionários têm a rede hoje, e em quais localidades?

Suriz - Possuímos uma loja própria, uma empresa que fabrica equipamento, uma empresa que produz os insumos e uma franqueadora que é responsável pela expansão, implantação, suporte e gestão da rede. Considerando todas as lojas e empresas do grupo já ultrapassamos os 500 empregos diretos e pelo menos outros 500 empregos indiretos.

E&N - Como surgiu a ideia das franquias? Quantas são hoje e em quais locais?

Suriz - Desde o início, pensamos na The Waffle King como franquia. Como tenho experiência com franchising há mais de 10 anos e conheço muito bem o mercado, entendi que era o momento de lançar meu próprio negócio. O modelo The Waffle King exige dedicação e foco, então, decidi vender a minha participação em outros negócios e apliquei todo o conhecimento e experiência na criação da primeira rede de fast food de waffle da América Latina, visando levar esta experiência de consumo para o mundo. A rede conta com mais de 180 franquias comercializadas, 110 em operação em todas as regiões do Brasil. E, para 2023, estamos prevendo a comercialização de pelo menos mais 100 franquias e o número de 220 lojas em operação, além da internacionalização do negócio como estratégia de mercado.

E&N - Qual o faturamento da rede em 2022 e a estimativa para 2023?

Suriz - Em 2022, encerramos o ano com um faturamento de R$ 80 milhões e mais de 2 milhões de waffles vendidos. Para este ano, estimamos um faturamento de R$ 160 milhões e estamos nos preparando para lançar um novo modelo de negócio em um formato mais enxuto de operação, mas que permite uma maior versatilidade.

E&N - O que é preciso para se tornar um franqueado?

Suriz - Buscamos pessoas que já tenha obtido sucesso em atividades anteriores. O ideal é que estejam dispostas a trabalhar com muita vontade de aprender, seguir padrões, processos e multiplicar nossas experiências. Um franqueado The Waffle King precisa estar bem resolvido pessoalmente e alinhado com sua família. Acreditamos que essas características são fundamentais para o sucesso no negócio.

E&N - Quais as vantagens e diferenciais a The Waffle King oferece para captar novos parceiros?

Suriz - Consideramos que um dos principais diferenciais que possuímos é que nossos produtos atendem crianças de zero a 80 anos e de todas as classes sociais, permitindo uma aceitação de todo o público e em todas as regiões. Isso, aliado a um modelo único e inovador, que conta com processos, controles e sistemas que auxiliam na gestão do franqueado.

E&N - Em um país continental como o Brasil é preciso adaptar o cardápio conforme as regiões?

Suriz - Nosso cardápio é muito diversificado. Mesmo nas regiões mais quentes ou mais frias do Brasil conseguimos atingir nosso público com diferentes tipos de produtos, sejam eles os waffles doces e salgados, ou até mesmo os demais, como o fondue, chocolate quente, milkshake, sorvete.

E&N - A rede tem o propósito de oferecer uma experiência singular e inesquecível aos clientes. De que forma isso acontece na prática?

Suriz - Desde o momento em que o consumidor entra em uma franquia The Waffle King ele se depara com um cheiro irresistível da massa do waffle, que é feita em um equipamento exclusivo da rede aqui no Brasil. Isso faz toda a diferença e, ao longo de muitas pesquisas, descobrimos que waffle bom é a soma de receita e equipamento. A memória gustativa também entra nesse processo, já que muitos dizem que o paladar mexe com o emocional, fazendo com que as pessoas relembrem de um momento bom e guardem aquela experiência para sempre, fazendo-os retornar ao local que promoveu esse tipo de sentimento.

E&N - A empresa surgiu pouco antes da pandemia da Covid-19 chegar ao Brasil. Como foi administrar um negócio recém-criado em meio a uma das crises sanitárias mais severas no mundo?

Suriz - Tínhamos muita certeza de tudo o que estávamos desenvolvendo. Antes de vendermos o primeiro waffle, investimos dois anos em pesquisa e desenvolvimento. Foram realizados mais de 2000 testes, construção de manuais, controles, sistemas, equipamentos, projeto arquitetônico e a identificação visual da marca na Itália. Além de viagens pela Europa e Estados Unidos para estudos. Ao todo, chegamos a ter 25 profissionais envolvidos na concepção do negócio e quando tudo estava estruturado, inauguramos a loja piloto já preparados para o atendimento via delivery, com site e aplicativo próprios para pedidos, embalagens para consumo local descartáveis, equipamentos próprios, manuais, controles, sistemas customizados e desenvolvidos de forma personalizada. Não estávamos testando um negócio, e sim lançando um negócio que nasceu para ser um sucesso.

Reprodução | Matéria veiculada no portal Jornal do Comércio



Tags: The Waffle King, Mídia, 2023, Jornal do Comércio